
Em uma noite insone,
Eu girei o mundo com a mente,
Inventei coisas sensatas e uma bem demente.
Não durmo,
O sono não me acompanha,
Que tristeza,
Não vejo a do sono beleza...
Sou insone,
Sou irrequieta,
A minha paz está afastada,
E á noite eu mergulho em um mar de nada...
Em versos simples,
E de olhos bem abertos,
Venho comunicar á todos que meus pensamentos estão dispersos.
Na noite insone,
Invento uma história sem nome...
Uma lira,
Uma ode,
Mas como é que isso pode?
O mundo do sono encantado,
Por mim não é mais desbravado...
Só o teto,inerte,
É minha única visão...
É da mente um arrastão...
Varrendo assim,
A da noite vastidão...
Danço,corro,faço festa,
Mas dormir já não posso,
Só posso fazer seresta,
Á lua e aos cometas.
E quem sabe vislumbrar outros planetas...
Mas fechar os olhos,
Isso já não se pode,
Não é medo,
Já não é mais tão segredo...
A luz luminosa da luminária,
Vem coroar minha noite de sono tão precária.
Talvez,se,mas,
O meu pensamento é todo de hipótese,
Não tem fundo e nem razão de ser,
Porque sempre em noites insones resolve florescer...
E em uma explosão fluorescente,
Sinto o sono afastar-se indolente,
E subitamente,
Reina a bagunça em minha mente.
Aí começa a confusão,
A desordem sentimental,
E o não descanso de meu coração.
E no barulho infernal de meus pensamentos,
Tento reorganizá-los em bons momentos,
Mas a insônia feroz,
Só os transforma em tormentos.
Estou perdida,
Insone e aturdida,
Não é drama,
É um horror pasmado,
De um monstro insônia,
Que é como é chamado.