domingo, 24 de outubro de 2010

A morte de uma dúvida.




Minha dúvida morreu hoje,
Pois é,
Devo desde já,
Tratar do enterro,
Do velório,
Tudo muito simplório...
Porque com a sua morte,
O dia fica menos inglório...

O ponto de interrogação,
É principal convidado,
E o coração abafado,
Sente-se infinitamente aliviado.

Lágrimas hão pela dura constatação,
Quem diria eu,
Chorar sobre esta razão?
Mas sim,
Foi exatamente assim...

A verdade tem longas pernas para nos alcançar,
E a mentira curtas para correr...
Mas que importa se a verdade agora eu acabo de saber?

A dúvida foi um eterno na vida borrão,
Foi de atalho a estradão,
De um assunto complexo e sem nexo,
Que bagunça meu viver,
Que ligada ao passado,infelizmente,me faz ser...

A solidão e eu damos a mão,
E eu saio por aí,
Cantando qualquer canção...
Isto tudo é de cunho emocional,
Mas não é nada muito sensacional...
E sim chocante,
Berrante,
Errante.


Minha idiossincrasia,
Minha alegria,
Perderam-se?
Fugiram?
De mim riram?
Meus ideais foram derrubados?
Não,a malvada dúvida morta,
Só fez fortalecer meu jovem coração,
Ainda que de uma maneira um tanto torta...


Eu sempre serei,
Tudo aquilo de que um dia eu desejei,
Com dúvidas,
Ou sem,
Mas isso interessa a quem?


Por aqui vou encerrando,
Este poema duvidoso,
Porém muito mimoso,
Constatação,
Do dia em que uma dúvida morreu em meu coração.

sábado, 23 de outubro de 2010

Flores de inverno










No inverno do meu coração,
Corro entre as verdejantes campinas,
E colho as mais belas flores,porém tão pequeninas...

São flores que nasceram em um inverno congelante,
E tem por finalidade embelezar esse caminho apavorante,
Essa senda obscura,
Tão triste e tão escura,
Com suas fragrâncias tão puras...

O meu coração congelou-se,
Mas ao mesmo tempo floriu-se,
E riu-se,
Da bela rosa em flor,
Que fez em um sorriso renascer um grande amor.

Nem todas as rimas e estrofes deste mundo,
Conseguirão traduzir nem um segundo,
Esta beleza toda,
Este fulgor mágico das flores,
Que dissolvem todas as minhas dores...

Ah,estas flores de inverno são tão doces,
Que despertam no meu íntimo,
Muita doçura,
Doçura essa que afasta,
Essa loucura da amargura nefasta.

Em um ritmo todo próprio,
O meu coração volta a bater,
Porque as florezinhas de inverno,
Me reanimam á viver...

Sem tradução,
Sem nenhuma plausível explicação,
Essas flores em metáfora,
Significam toda a esperança e alegria,
Que ainda habita em meu coração...
Na minha alma,
No meu ser,
Que não me deixa morrer...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A história da minha história.

Eu e você,
Você e eu...
Destino,acaso,mão de Deus?
Seria a hora de abraçar ou á de dizer adeus?
Sou a sua continuação,
Mas não o fim,
Ah,mas porque tudo tem que ser assim...

Posso falar de você para todos,
Mas mais não posso,
Porque a minha timidez me trava,
E deste fardo sou escrava.

Gosto de você exatamente do jeito que você foi,
Não me importando com outras coisas,
E adoro o jeito que atualmente você é,
Pois só você desata o grilhão amarrado ao meu pé.

De você eu não sei fazer poesia,
Porque você é eu em demasia,
E eu sou você,
E isso ninguém desconfia.

Somos uma só,
E eu dependo de você,
Afinal,na minha vida você deu o seu jeito.
E eu não lhe entendo direito.

Mas te amo como for,
Seja na vida na morte ou na dor,
Você da minha vida é o corredor...

Quando eu morrer,
Você acaba também,
Mas não morre na memória de ninguém,
E daí as pessoas vão olhar o retrato,
De sabe se lá quem.

Em fotos eu lhe guardo,
No futuro eu lhe aguardo,
No presente eu lhe observo,
Do passado eu lhe chamo,
Ah,mas eu te amo.

Estes versos contém a história da minha história,
Minha vida,
Meus fatos,
Minha memória.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O nosso tempo perdido (uma história entre mim e a felicidade)

''Eu sei que você não me ouve,
Só vê o que eu escrevo,
Mas eu desabafo agora aqui com você.''

Agora a rima vai embora,
E a estende-se preguiçosa a a hora...
Eu não posso ver,
Sem a dor no coração ter...

Esses anos todos,
Longe,perdida,
Mortificada,aturdida,
Te procurando,
O seu nome berrando,
Sonhando...

Sozinha...
Tornando-se isolada e até mesquinha...
Sei que me perdi de você faz muito,
Mas eu ainda quero que andemos no mesmo caminho.
Nem que para isso,
Eu tenha que enfrentar feroz escarninho...

Quero recuperar o que eu não pude viver,
Quero tirar essa barreira de vidro que existe entre eu e você...
Mas eu sei que de medo eu vou morrer...
Eu sei que você ainda vai me entender...

Ah,como eu queria falar sobre você sem os olhos de água encher,
Mas isto não pode ser...
O meu coração não sabe mais para que lado correr...

Quero muito de você estar perto,
Quero dizer á todos o que é certo...
Que você nunca me abandonou e nem me esqueceu,
O que aconteceu,foi apenas um acaso do destino...

Quero te guardar aqui no meu coração,
Fazer uma menção...
Mas só te peço,não me esqueça,
Ainda que isto eu mereça...

Eu não sei o que eu seria sem você...
Quando nascia eu,
Eu chorava,
E desde ali você já me acompanhava...
E eu já te queria perto de mim,
Mas nem sempre pode ser assim...

Ás vezes,parece que ouço você me chamar,
Mas logo penso que louca eu acabei de ficar.
Meu Deus,como eu quero do seu lado estar...
Mas...
Ainda vamos juntas caminhar.

Só eu e você FELICIDADE!

A incoerência do que se tem por certo.



Dia desses,
Minha cabeça pensou,
Como é que se pode afirmar algo,
Que nunca se vivenciou?

A sociedade tirana,
Impõe regras vazias.
E eu sei que mentias,
Quando disse que entendias.

As verdades do mundo são incoerentes,
São como águas correntes,
Nunca sabemos onde começou,
E nem onde acabará...
Temos que nos contentar em ficar onde a correnteza nos levará...


O que se tem por certo,
É um caminho aberto,
Á dúvidas e indagações,
Porque nada fica igual,
E com uma verdade acontece tal.

Nada é certeza,
E com de sentimento profundeza,
Eu vos digo,
Que a única é a de que vamos morrer,
Sim.
E não adianta,outra coisa você ler.
É fato.

Certas pessoas são estampadas de incoerência,
Tanta,mas tanta que até beiram a demência...
Não falam coisas certas,
E nem sempre estão despertas...
Para as lições que a vida quer-lhes ensinar,
A estas pessoas,deve-se ensinar a amar.

É lógico,claro,conciso,
A verdade coerente é a única coisa de que eu preciso...
E aprendam caros amigos,
Nunca uma verdade é sempre absoluta,
Ela sempre tem um quê de mentira,
E uma mentira sempre tem um quê de verdade.
Isso é a realidade.


Nestas estrofes mal formadas,
Eu tento dissipar as grossas camadas,
Da incoerência e ditadura,
Que se abatem sobre o mundo,
Não desperdiço o meu segundo,
Não danço valsa,não planto flor,
Eu só quero que todos conheçam,
O que é o verdadeiro amor.


Para a incoerência do que se tem por certo,
O meu eu está esperto,
Não cai na sua rede,
Não tem ilusões por verdade,
E não se ilude com falsidade...