segunda-feira, 24 de maio de 2010

Retórica para ser feliz...




Meus amigos,
Tão queridos,
Sejamos nós todos da tristeza desprovidos,
Por quê?
Ainda que o mundo teime em ser mau,
E o mar bravio,
Nos protegemos com forte nau...

Se reclamamos de algo,
É porque aquilo deveras amamos,
E devemos querer o seu melhor...
Ó gentes queridas!
Sejamos pessoas todas aguerridas,
Que transpiram vontade de viver,
E de um novo mundo fazer...

Porque todos vamos morrer,
E ser feliz retarda a morte,
Ser feliz é um ato de sorte...

Valho-me desta retórica simplória,
Mas carregada de glória,
Glória de ser lida e relida,
Nas agruras e nas festividades da vida...

Ser feliz é o que há,
E devemos o ser já,
Por que amanhã é tarde,
E a tarde não espera,
E a esperança ruma para longe,
E ai somos obrigados a dar início a uma nova era...

Não deixemos flores secarem com nossos travores e amargores,
Que possamos,fazê-las brotarem com a alegria de nossos amores,
Ah,vamos esqueça suas dores...
A vida é curta,
O tempo é feroz,
E intolerante com sentimento atroz...

A culpa é faca de dois gumes,
De um lado existe a motivação para não mais errar,
E do outro a privação de nunca mais tentar...
Não faça de sua existência,
Uma casual do destino coincidência...

Faça a vida a pena valer,
Não espere morrer,
Para saber o quanto a vida vale...
Pois o hoje é o nosso maior presente,
E quem vos fala não mente...
Valorizais o de hoje poente...

Ah,deves pensar...
Que retórica enfadonha...
E eu vos digo,
Pois é esta que tenta alegrar
Essa vossa vida tristonha...

Se escrevo é porque vivo,
Se choro é porque vivo,
Se machuco-me é porque estou vivo,
Se vejo sangue brotar do corte,
É porque tenho vida e sorte...

No nosso caminho,
Riremos todos do escarninho,
Seremos lépidos e fagueiros,
Seres faceiros,
Que se valem da felicidade,
P'ra dar á vida mais qualidade...

Pois a vida,
Com a felicidade colorida,
É melhor de ser vivida,
Vamos...
Adicione cor aos seus olhos,
Ao seu coração,
Derrube suas fortalezas,
E perceba a vida e suas inúmeras belezas...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Reflexo no espelho de alguém que nunca existiu

Parei para contemplar meu espelho atentamente,
Descobri que ele mo mente,
Descaradamente...
Da pessoa trajada mais alinhadamente,
Ele,astuto faz parecer o maior dos dementes...

Mas,
Lá ao fundo vi uma pessoa que nunca antes eu vira,
Aquela pessoa tristonha,enfadonha,
Querendo descanso,
Um de paz remanso,
Transbordando pelos meus olhos,
Esta pessoa vem mo falar,
Por meio da água,
O quanto é difícil calar.

Eu então neste solilóquio desenfreado,
Faço meu eu ficar bem preocupado,
Com tanta asneira pessoal e bobice,
Parece até mal da meninice...
Qual nada,
Era problema mesmo da estrada,
Estrada que esse ser submerso no meu âmago percorria,
Contou-me que dos maldizeres só corria,
E dos problemas sorria...

Mas havia cansado,
Queria ser mais explicado,
Mas nesta hora vi,
No espelho um reflexo de alguém que nunca existiu,
O meu eu superficial,
Todo cheio de peculiaridades,
E tantas outras intelectualistas asnidades...

E na escuridão da menina dos meus olhos,
Vi refletido ali meu próprio coração,
A prece,a oração,
A libertação,
O dia da quebra do grilhão...

O meu eu ali estava,
Eu gritava,
Eu falava,
Os meus ''eus'' se entendiam,
Em um pé de guerra eu me encontrava...

Mas o ser enfadonho venceu,
Dizendo que queria a sua vez,
A sua voz,
A voz da expressão,
De todo o coração...
E não queria mais ficar com pesada emoção...


Então resolvi dar adeus ao ''modelo'',
A figura ''que eu deveria seguir'',
O ''exemplo'',
A ''uniformidade''
E então veio a comoção,
Neste dia em diante,
O que eu deixei de seguir...
Foi meu coração...
Dura lição...

sábado, 15 de maio de 2010

O que será a vida?



O que será a vida?
Será uma centelha de luz?
Será solene explosão?
Ou seria somente um pulsar de coração?

Será a vida sopro de vento,
Ou brisa leve de momento,
Seria demasiada calmaria,
Ou puro tormento?

A vida é um mistério,
Indecifrável.
Indefinível.
E sua voz é inaudível,
Aos ouvidos dos sem vida,
Oh!Amada e querida!

Vida será viver parado esperando a morte,
Ou correr em busca da sorte?
Será nascer e crescer,
Ou ter certeza de que um dia irá morrer?

Questões rondam minha mente,
A vida é caminho retilíneo,
Ou via expressa demente?
A vida é ser feliz?
Ou lhe sentir o ar passando pelo nariz?

De nada sei,de nada tenho certeza,
Mas reconheço,
Sua infindável beleza...
Vida...
Obra de arte perfeita da natureza...

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe é...





Mãe é aquele ser incansável,
Que com rigidez sabe ser muito amável,
É aquele ser que chora,
Que mesmo cansada nunca perde a hora...
Nunca vai embora...

Mãe é tudo,
Mesmo que mudo,
Minha mãe sabe o que tenho,
Minha mãe sabe,
Sabe das estrelas,mares e oceanos,
Sabe tudo o que me houve no passar dos anos,
Sabe dar conselho,
Sabe ensinar á viver...
Ela é aquela que me viu crescer...
Mãe!Eu jamais vou te esquecer...

Morando aqui no lado esquerdo de mim,
Para os teus ensinamentos eu dou o meu sim,
Mãe:
Que eu possa seguir os teus caminhos,
Até da minha estrada o fim...
Mãe:
Tu vales mais que doirados anéis,prata e marfim,
Em resumo,meu amor é bem grande assim...

E neste dia de alegria,
Quero agora aqui te exaltar,
E dizer,
Mãezinha querida,
Para sempre vou te amar,
Minha vida o quanto dure,
Passe o tempo que passar!

sábado, 1 de maio de 2010

Galopando no vento...




Entre as asas de um pégasus,
Voo e retomo toda a teoria de Platão,Aristóteles e Demétrius,
Leio e releio,
E deixo o tempo de escanteio,
Galopo no vento,
Quebrando as partículas do monótono momento,
Despertando para o novo,
No puro estilo ab ovo.

Galopando no vento,no ar,
Vejo o céu com seu azul refletido no mar,
Vejo uma estrela no céu pairar,
E vejo também toda a estrada á trilhar...

O vento agita meus cabelos,
Com a maior solenidade,
Tanta que até esqueço de minha pouca idade...
Mas quando se galopa no vento,
Se esquece todo tipo de tormento,
E se vislumbra o futuro com amor,
Amor esse que se sobrepuja á ferrenha dor...

Chega a hora de poisar,
E não sei onde aterrisar,
Esse pégasus alado que só sabe sonhar...
Ora,veja,encontrei um lugar,
Meu coração,
Que galopando no vento,
Desse sonho acaba de acordar...