Parei para contemplar meu espelho atentamente,
Descobri que ele mo mente,
Descaradamente...
Da pessoa trajada mais alinhadamente,
Ele,astuto faz parecer o maior dos dementes...
Mas,
Lá ao fundo vi uma pessoa que nunca antes eu vira,
Aquela pessoa tristonha,enfadonha,
Querendo descanso,
Um de paz remanso,
Transbordando pelos meus olhos,
Esta pessoa vem mo falar,
Por meio da água,
O quanto é difícil calar.
Eu então neste solilóquio desenfreado,
Faço meu eu ficar bem preocupado,
Com tanta asneira pessoal e bobice,
Parece até mal da meninice...
Qual nada,
Era problema mesmo da estrada,
Estrada que esse ser submerso no meu âmago percorria,
Contou-me que dos maldizeres só corria,
E dos problemas sorria...
Mas havia cansado,
Queria ser mais explicado,
Mas nesta hora vi,
No espelho um reflexo de alguém que nunca existiu,
O meu eu superficial,
Todo cheio de peculiaridades,
E tantas outras intelectualistas asnidades...
E na escuridão da menina dos meus olhos,
Vi refletido ali meu próprio coração,
A prece,a oração,
A libertação,
O dia da quebra do grilhão...
O meu eu ali estava,
Eu gritava,
Eu falava,
Os meus ''eus'' se entendiam,
Em um pé de guerra eu me encontrava...
Mas o ser enfadonho venceu,
Dizendo que queria a sua vez,
A sua voz,
A voz da expressão,
De todo o coração...
E não queria mais ficar com pesada emoção...
Então resolvi dar adeus ao ''modelo'',
A figura ''que eu deveria seguir'',
O ''exemplo'',
A ''uniformidade''
E então veio a comoção,
Neste dia em diante,
O que eu deixei de seguir...
Foi meu coração...
Dura lição...
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário