sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Silentemente...

Silentemente as folhas se conversam...
E folhas ''outonais''arremessam,
E com cada uma vão exalando vapores de fria ilusão,
Ilusão adormecida,
E guardada pelas chaves de esperança,
Do meu tolo coração de criança...

Quando chove,deito-me na fresca relva,
E deixo chover em mim todas lágrimas celestes,
E assim vão-se embora as pestes,
E silentemente deixo também escorrerem minhas lágrimas de melancolia,
E penso então: ''que bom seria'',
Que bom seria se o sorriso mais triste e mascarado deste mundo,
Se revelasse,
E mostrasse que a vida não é um mero filme mudo,
É feita também de ilustar o que se sente,
E não fazer falsas mímicas,
Como em um filme silente.

E n'um mar de ilusão e quimeras,
Me pergunto: ''Mas o que da vida esperas?'',
Espero que o mero comodismo do frio metal,
Não seja motivo de caso fatal,
Mas sim não cumpra mais do que o seu dever,
Que é o das pessoas prover...
Nada mais,silentemente olho uma rosa,
E me remeto então á chuva pavorosa,
As nuvens com carrancas de dar medo,
E grito bem alto: ''Pessoa,qual é o teu segredo????????''
E em um monólogo obvio e sem sentido algum,
Silentemente,vejo em minha mente,
Um verso lindo que rima,
E que lá em cima,lá no céu,
Recito,
E com a doçura do mel,
E o confronto com teu fel,
Pessoa silente,
Que mais mascara a tristeza do que á sente...

Que tenhamos todos a alegria de sentir,
A não vergonha de sorrir,
E quem sorri de tristeza,
Silentemente,
Há delicadeza em seu ser,
E que recupere sempre o que perder,
Pois,silentemente,
A glória,o poder,e o mais ser,
Não te valem absolutamente nada,
Nem uma pratinha furada!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A dor do passado...

Há um prisioneiro que grita,
E os meus pensamentos imita,
Choro de guerra,soluços de pólvora,lágrimas de canhão,
Dor constante no coração,
Distante da verde pradaria de onde saiu,
Pensa que de um grande abismo caiu,
Foi forçado á morrer,
Á do seu sonho correr,
Foi forçado á matar,
E o seu lindo sonho condenar,
Por que este era uma dor,
Dor pesada,
Dor pungente,
Dor daquelas fortes que dá no coração da gente...

E então entre horríveis trincheiras de realidade,
Ele então perde a vaidade,
E perde também a ilusão,
Perde o mérito e também a alusão,
E a dor dói incrivelmente doída,
E é aí que o coração está cheio de buracos como folha roída,
E entre explosões de amargor,
E bombardeios de terror e desamor,
Eis que ele vê a estrela...
A guia...
A esperança...
E então seus olhos voltam a brilhar,
Igual no dia de quando ele era tenra criança,
E então a esperança no seu coração começa á de novo brotar,
E a dor do passado...
Começa á amenizar,
Pois ele descobriu...
Que ainda pode tentar...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sentimentalismo...

Hoje acordei com vontade de ver o céu...
O mar,o gosto do mel,
A vida e sua plenitude,
A planície,
Sua vida rasteira e sua quietude,
De ver em meus olhos dois túneis do tempo,
Em que nada possa ser apagado,nem maculado,
E que o infinito seja o meu respaldo,
O clarão das estrelas seja o meu esteio,
E que o limiar entre o céu e a terra seja o início, o fim e o e o meio,
E que as ruas estreitas sejam minhas amigas de fé,
A quem confidenciarei os de segredos maré...
Escolherei para repousar,
Um lugar,
Onde o vento faz canção,
Onde as flores possam abrandar o meu humilde coração,
Onde as pedras sorriem,
Enfim,onde eu possa ter a paz,
Uns dias á mais...
Quero ter olhos de chuva para desaguar,
No de sentimentalismo mar,
Quero ser eu,quero ser luz,
Quero ser a que o vento conduz...
Quero implodir nas nuvens um pensamento de amor,
Que presenteiem o céu com rubra cor!
No entanto,só desejo,
Que o mundo seja um reduto de harmonia,
Em que reine a paz e a calmaria,
E que ceda lugar á todos,
Tanto á João,tanto á Maria,
E que também sempre nasça,
Um novo dia!!!!!!!