sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A face oculta



Existe uma face oculta,
Que cobra-me sempre uma multa,
Não o bem vejo,
Mas sei bem seu encejo,
Encejo para o bem,
Não sei se se parece com alguém,
Mas tenho a certeza,
De que me acompanha de natureza,
Sua ajuda não posso ver,
Mas n'ele sei que posso crer,
Meus olhos não são suficientes para vê-lo,
Mas sei que por mim têm muito desvelo,
Suas mãos me conduzem pela senda florida,
Seu sopro faz a minha vida ser mais bem vivida,
Sua grandeza,não me assusta,
É meu esteio para mais uma luta,
Ser que não sei descrever,
Mas que é Todo-Poderoso,
E lá,
Naquele livrinho pequenino e empoeirado de meu viver,
É que pode escrever,
E que me acompanhará até morrer!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O distante

Distante é o instante,
É cada segundo sem respirar,
É cada segundo sem poder o céu contemplar,
Distante é o olhar,
Que me remete ao passado,
Noite e dia sem cessar,
Da estrada tortuosa,
Até a mais bela rosa,
Sinto distante caminhar,
E a passos largos distanciar,
De tudo o que é tudo,
E de nada que é nada,
Só sei que é longínquo e distante,
O percurso desta estrada...

domingo, 18 de janeiro de 2009

O divisor de águas...

Deparei-me com tal situação,
Que á muito desagradou meu coração,
Vi que a solução escapa-me da mão,
E que o sonho está bem ali ao chão,
Chão de brilhantes e outras pedrarias reluzentes,
Mas de tudo isso bem ausentes,
Figura de linguagem para a beleza de tal expressar,
Mas que ao mesmo tempo me incapacita de enxergar,
Eis que então surge um divisor de águas,
E afasta todas essas e muitas mais mágoas,
De nome felicidade,
Provedor da mocidade,
Capaz de colorir toda uma cidade,
E esta não viria por meio da paz,
O maior divisor de águas do planeta,
Que não é sentimento
E assim o cidadão a sua parte faz,
Por que o mundo meu de divisor de águas é assaz.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Quem sabe?

Na minha vida eu cansei de escutar,
E desse dito tempo apanhar,
E decidi dar chance,
Á dois vocábulos que a vida dão nova nuance...

Quem sabe?
São os dois a mistura da completa indecisão,
Ou são os amargores da realidade ou as doçuras do coração?
O que me faz sonhar,
O que me faz em mágoas afundar,
O que pode os meus medos afogar,
Acaba de no meu coração refugiar.

Duas palavras,
Muitos caminhos,
Serão inanimadas pedras,
Ou tontos moinhos???

Quem sabe?
Quem saberá,
Quem não desconfia hoje,
Da fonte da verdade amanhã,
Não á beberá,
Quem sabe o que será?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

As escolhas da minha vida...

Um dia a gente tem de escolher,
Entre a razão e o querer,
O sofrer e o viver,
Mas eu já decidi,
Do meu penhasco eu já cai...

Mas agora não mais cairei,
Pois minha vida eu rumarei,
Do penhasco esquecerei...

Dos cristais reluzentes me apoximarei,
E lágrimas peroladas chorarei,
Mas chorarei pelo fim da escuridão,
Que assolava tão ferozmente o meu coração.

As minhas escolhas eu é quem sei,
E as agruras interiores acabei,
Os bons pensamentos implodi,
As minhas idéias todas,
Para o mundo expandi e explodi!

O meu destino,
Não precisa ser adivinho para saber,
É incerto,
Disto sabe até um menino!

Faço clara menção em minhas fartas linhas de poesia,
Que serenatas de comprometimento á vida,
Eu faço e fazia,
Mas sempre com o frio em minha companhia,
As escolhas da minha vida,
Refletem somente em mim,
Oh!Alma por mim tão querida!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A incerteza e seus múltiplos graus.

A incerteza é bicho de sete cabeças,
Disto nunca te esqueças,
E tem tantos estágios como uma prova,um jogo,
No início pode ser bem bobo,
No meio pode te fazer perder o bonde,
E no final,
Você se pergunta:
Minha vida,eu deixei aonde?

Tem mais graus do que um de óculos grosso vidro,
Tem mais estágios do que supunha essa sua mente,
E por mais que tente,
Esses mistérios não há quem os reinvente...

É,pois a incerteza é bicho acanhado,
É como chover no molhado,
É procurar o que já foi achado,
É perder seu legado.

Muitos dizem que ela é condição,
Outros já falam em mal do coração,
Muitos dizem que ela nos empobrece,
E que da convicção a gente esquece,
Mas a incerteza,ninguém a merece.

Tem graus e estágios múltiplos,
Mas,meu caro amigo não te assustes,
Pois a incerteza é como que alguém te furtes,
Tudo se perde,mas após se conquista melhor,
E com a incerteza se conquista uma certeza convicta para vencer o pior.

Viagem sentimental...




Hoje o relógio de minha algibeira soou,
Me desepertando para o que realmente sou,
Viajei para longe,
Retirei-me como o pobre monge,
Minh'alma não me é engodo,
Do meu eu conheço todo.

Fiz então longa viagem,
Que me remeteu a belíssima paisagem,
Que o arvoredo passa ante meus olhos,
E as chaves da vida aos molhos tilintam,
Ainda que os indignos não sintam,
A vida é presente para os que falam,
E castigo para os que mintam...

Vi boi,
Vi boiadeiro,
Vi lobo
E vi carneiro,
Refleti então,
Que a bondade vem primeiro.

No céu da minha viagem,
Tinha pássaro com muito bela plumagem,
Tinha galinha d'ouro,
Tinha ganso,
E de contar esta longínqua viagem eu não canso...

Mas tinha também coração,
Viagem para o centro deste,
Com muita fé e esperança,
Encontro em mim a velha criança...

Com rima ou sem rima,
Digo que se olha para cima,
Se tropeça mas não se cai,
Nessa viagem sentimental aprendi,
Que a tristeza é passageira,
E que para a vida é só sorrir,
E que todo o mal sai...





quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Redemoinho...

Passou aqui um redemoinho,
Carregou consigo tudo,
Pedra,árvore,moinho,
E carregou também meu coração,
Fez a situação escapar da minha mão,
Fez o meu espírito de alegria ficar mudo,
Assim todas as coisas valiosas aspirou,
Só escombros deixou,
E os destroços de uma toda vida,
De recados longínquos de pessoas muito queridas,
Quimera é ter um bom apagador,
Para apagar toda essa dor,
Dor não vale nada,
Mas continuo á subir a ladeira,
A íngreme da vida.

Gelo sobre ás rosas...

Esta manhã acordei com vontade de ver a vida,
Mas qual foi a surpresa quando vi tomada de gelo,
Uma rosinha querida,
Sem culpa de nada,
Tomada da cor preta,
Entristecida.

Foi então que aprendi,
Que a vida é fina trama,
Que não permite ensaios,
Nem mesmo para quem á ama...

A rosinha não murchou,
Ela apenas se enregelou
Na esperança,
De bailar na maviosa das rosas dança...

É assim também em nossas vidas,
Vem e vão pessoas e coisas queridas,
E também saem,
E assim ficamos imersos em solidão,
Mas um dia bate o sol e derrete o gelo,
E acaba com toda essa sofreguidão.

Derramei...

Derramei hoje,
Sobre um retrato antigo meu,
Uma espessa lágrima,
Indicando o da tristeza apogeu...

Derramei essas lágrimas,
Sem o menor motivo,
A menor razão,
Só sei que esfacelou-se o coração.

Se pudesse mudar os dizeres mudaria,
O amanhã seria mistério,
O hoje enfado,
E o ontem um presente seria,
Para nos lembrar de coisas boas que o tempo hoje não trazeria...

Se tudo tivesse motivo e explicação,
Como é que explicaríamos,
A melancolia,
A tristeza,
Essa triste sensação.

Derramei hoje uma lágrima,
Sem a menor vergonha,
Chorei por todas as coisas enfadonhas.

Por mais que eu queira,
A memória me trás sobressaltos,
De tempos antigos,
De voôs altos,
Na imaginação,
Do meu antigo coração...

Derramei uma lágrima,
Um oceano,
Chorei mais do que em um ano,
Quem entende?
Triste enxurrada de pensares,
Não sei,
Só sei que me restam pesares.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A luz do luar...

A luz do luar,
Reluz no mar,
Espelha as tantas marés,
Que molha os pés,
Que bate na rosa,
E acentua ainda mais seu perfume,
Que ilumina a mulher corajosa,
Essa luz é presente de Deus,
É o espelho das estrelas,
É a rainha delas,
E sua luz é esplendor,
Transborda amor,
Repugnando a dor,
Assim essa luz irradia meu coração,
Oh!Parece que á tenho nas mãos,
Tão bela manifestação de luz,
Meus caminhos conduz,
Para um céu retinto,
Com um aspecto muito distinto,
Assim essas maviosas luzes agem,
Em minha vida,
Minha vida querida,
Á luz do luar,
Prometo a vida sempre amar.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Inatingível...

Inatingível é o céu,
Doce é o mel,
Mas vem-me a boca o gosto amargo de fel,
Assim sofro,
Choro,
Morro,
Para assim alcançar o firmamento,
Para viver um momento.

Inatingível é a vida,
Pois sobreviver todos podem,
Viver é para os que se incomodem,
Incomodem com a injustiça,
E transpiram pela justiça.

Pois tudo na vida parece ser,
Inatingível,
Um cristal sensível,
Que quando quebrar,
Não dá mais para colar...

Inatingível é o que se pode enxergar,
Pois é como o céu,
O vemos,
Mas sabemos que nele nunca poderemos tocar.

Os olhos da lua...

A lua em nós relança,
Olhar de criança,
Marejado de melancolia,
Das gélidas noites frias...

Com lágrimas leitosas,
Salpicou o céu de estrelas,
Com perfume suave de rosas,
Tirou do céu o ar de rudeza.

Os olhos da lua são misteriosos,
Ocultos,
Temerosos,
De olhar de tristeza,
Um mar...

A relva reflete,
Tamanho esplendor,
Da lua chorando,
Pelo sol com amor.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Creêm Todos...

Creêm todos que a vida é ilusão,
Que as matas são do mundo o pulmão,
Que o que os olhos não veêm não sente o coração.
Creêm todos que o mundo originou-se de uma explosão,
Que lágrima é expressão,
Que nuvem é algodão,
Que coisa em obrigação,
É encher balão.
Creêm todos que mergulhar n'água depois da refeição,
É na certa indigestão,
Creêm que São Pedro manda pra Terra o trovão,
Que lenda é imaginação,
Que labirinto é confusão,
Que o osso é destinado ao cão.
Creêm todos que apaga o mata-borrão,
Que todos vamos sete palmos abaixo do chão,
Que vento forte é furacão,
Que ser corado é ser são,
Que é de poeira o estradão,
Que ser irmão é união...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Confusão...



Aqui na Terra é uma tamanha confusão,
Que não tem início nem final,
É a junção dos tempos passados com o atual,
Aos encontrões todos se encontram,
Numa cadência de passos desvairada,
Caminhando inertemente para o nada...

Nesta rima e refrão,
Não cabe o descontentamento,
Que existe em meu coração,
Em ver no que está virando
Este mundão!

Há os que esbulham,
Que choram,
Mas há também aqueles que na janela se debruçam,
E esperam,
Os que jamais voltarão...

Em resumo digo que este globo azul,
Apesar dos feitos bonitos,
É uma grande confusão,
Para a alma e o coração...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Há...

Há neste mundo tantas palavras não ditas,
E muitas injurias pronunciadas,
Há dons que não nos podem roubar,
E coisas que são facilmente esbulhadas...

Há duas estradas,
A que te leva á tudo,
E outra que não te leva á nada,
A vida é como uma escada,
Se caminharmos sem cuidado sobre ela,
Levamos um tombo e não nos lembramos de nada!

Há questões e porquês,
Há o plebeu e o marquês,
Há também o que em tudo crê,
E aquele que em tudo descrê!

A vida é um mar de desigualdades,
Com traições e lealdades,
Lances e relances,
Verdades e mentiras,
Bandidos e tiras...

Mas a verdade é que por trás disso tudo,
Existe em nós um ser mudo,
Calado para o mundo,
E atento para nós,
Há nesta vida muita ilusão,
Que tudo é perfeito,
E que um dia se findará,
Em uma explosão
De descaso e incompreensão.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

De repente...

De repente um sentimento arrebatou-me,
Veio devagarinho como desliza uma serpente,
Ao pensar atirou-me,
Com a maior das certezas,
Extinguindo minhas incertezas,
O dia em que o senti,
Pensei que não mais pensaria,
Em como o mal existiria,
Este sentimento,
Não se compra,
Não se vende,
Não é coisa de momento,
Este sentimento é valioso,
Não é penoso,
Pelo contrário,
Nos faz pensar,
Que o mundo devemos respeitar,
Esse sentimento é a fraternidade,
Que independe de raça,credo ou idade!