
Hoje o relógio de minha algibeira soou,
Me desepertando para o que realmente sou,
Viajei para longe,
Retirei-me como o pobre monge,
Minh'alma não me é engodo,
Do meu eu conheço todo.
Fiz então longa viagem,
Que me remeteu a belíssima paisagem,
Que o arvoredo passa ante meus olhos,
E as chaves da vida aos molhos tilintam,
Ainda que os indignos não sintam,
A vida é presente para os que falam,
E castigo para os que mintam...
Vi boi,
Vi boiadeiro,
Vi lobo
E vi carneiro,
Refleti então,
Que a bondade vem primeiro.
No céu da minha viagem,
Tinha pássaro com muito bela plumagem,
Tinha galinha d'ouro,
Tinha ganso,
E de contar esta longínqua viagem eu não canso...
Mas tinha também coração,
Viagem para o centro deste,
Com muita fé e esperança,
Encontro em mim a velha criança...
Com rima ou sem rima,
Digo que se olha para cima,
Se tropeça mas não se cai,
Nessa viagem sentimental aprendi,
Que a tristeza é passageira,
E que para a vida é só sorrir,
E que todo o mal sai...
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