sábado, 27 de março de 2010

Depois que a chuva passa...




Depois que a chuva passa,
Lavando e carregando,
A tristeza...
Tudo se transforma na mais divina beleza...
Depois que a chuva passa,
É tudo ilusão,
É tudo sereno,
Coisas de coração...

Antes de sua chegada,
Se pode ver a nuvem enamorada,
O trovão eletrificado,
E com um quê de rejeitado...
Quando por fim os pingos caem,
São lágrimas das nuvens que saem,
De emoção,
Contentamento,
De para a Terra dar sustento...

Mas depois que ela se vai,
Só resta o aroma,
A memória olfativa,
Dessa forma de cair água tão criativa...
As gramíneas esverdeiam-se,
Os insetos pavoneiam-se,
E o povo se envaidece,
Por ver a linda plantação que cresce...

Depois que a chuva passa,
Tudo passa,
A semente germina,
O bolo assa,
A vida continua,
Mas mais fresca e com fulgor,
Pois a chuva com seu cheiro acre,
Revela o puro amor...

Depois que a chuva passa,
Tudo clareia,
A tristeza com a alegria permeia,
O dia mais leve segue,
E então a vida fluindo como um rio prossegue...

sábado, 6 de março de 2010

Uma poesia visual com ''antônimos''

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Cântico ao mundo

I

Ó grande porção de massa suspensa no ar,
Carregas pessoas que te odeiam e também as que sabem amar,
Tem em demasia terra e mar,
E muitas casas para todas gentes morar...
De criação indefinida,
Tens o dom de abrigar em ti bilhões de vidas,
Terra minha,nossa,
Por todos és estimada e querida...
Muitas vezes lembro de ter chorado,
Sem ter pensado,
Se deveria ter chegado neste mundo...
Mas idéia essa desfaço em um segundo...

II

Vamos agora louvar,
O nosso mais belo terrestre altar,
O lugar em que todos podemos morar,
O mundo,planeta terra,
Todos vamos aclamar...

III

Nos dá o pão,
Nos dá a semente,
Quem fala não mente,
Daqui tudo se tira,
Tudo se faz bom...
É certo que tem coisas que nos cortam o coração,
Como a miséria,as doenças,e as guerras de balas e canhão...

IV

Enfim,aos céus só agradeço,
Por que acho que mereço,
Viver neste planeta de homens lunáticos,
E de outros tontos apáticos,
Mas convenhamos,
Quando querem,
São todos simpáticos...
Agradeço por tudo que nosso planeta tem,
E que sem os devidos cuidados ficaríamos sem,
Mas apesar de tudo,
Desses homens lunáticos,
Das máquinas e fábricas,
Tudo bem.

Um sopro de recordação.




Há dias em que a brisa não é somente brisa,
É um sopro de recordação,
Chave do coração...
Trazendo consigo aromas,canções e até mesmo outros corações...
Distantes amigas e suas cantigas,
Paisagem sublime e sua distância,
Bricadeiras felizes da infância...

Parece que a brisa inunda o coração com sua saudosa maré,
O que nos faz ter fé,
Que éramos felizes e não sabíamos...
Tanto ela inunda nosso coração
E é tanta água,
Que cai pelos olhos,
Fazendo assim,
Nostálgica inundação...

Um sopro de recordação,
Tocando na alma,
Afastando a poeira,
E como se fosse vez primeira,
Tudo de novo nos faz reviver,
Mas quando isso acaba,
E vem novamente o presente,
Nos chicotear de preocupação,
Aí é que dói o saudoso coração...

Esmorecer jamais,
Recordar sempre,
Levarei sempre meu barco ao cais,
Onde tudo começou...
Quem nunca teve passado é porque nunca sonhou...

Eu sonhei,
Eu chorei,
Mas acima de tudo recordei,
Memórias branco e preto,
Memórias que tem memórias,
Que carregam histórias...

Tudo isso por um divino sopro de recordação,
Quando poisei junto á janela,
E o vento noturno bateu em mim,
Senti ser alado e voar meu coração,
Sim!
Senti o passado voltar em mim,
Senti a alegria e a tristeza,
Vi toda a sua feiúra e beleza...

Senti doirada fada,
Conduzir-me até o país do ''ontem'',
E lá vivi e sorri...
Mo senti bem como nunca me senti...
Mas o relógio me atraiu para o hoje,
Para o presente,
E fiquei consciente mas contente,
De ver que nada foi em vão,
Que alegrei meu coração...

Mas que a vida sendo um trem,
E o passado sendo um vagão,
Este já passou,
Mas o que importa é o que ele deixou...

Um simples sopro de brisa,
Alegrou meu coração...
Libertou do grilhão..
Um simples sopro de recordação...