
Há dias em que a brisa não é somente brisa,
É um sopro de recordação,
Chave do coração...
Trazendo consigo aromas,canções e até mesmo outros corações...
Distantes amigas e suas cantigas,
Paisagem sublime e sua distância,
Bricadeiras felizes da infância...
Parece que a brisa inunda o coração com sua saudosa maré,
O que nos faz ter fé,
Que éramos felizes e não sabíamos...
Tanto ela inunda nosso coração
E é tanta água,
Que cai pelos olhos,
Fazendo assim,
Nostálgica inundação...
Um sopro de recordação,
Tocando na alma,
Afastando a poeira,
E como se fosse vez primeira,
Tudo de novo nos faz reviver,
Mas quando isso acaba,
E vem novamente o presente,
Nos chicotear de preocupação,
Aí é que dói o saudoso coração...
Esmorecer jamais,
Recordar sempre,
Levarei sempre meu barco ao cais,
Onde tudo começou...
Quem nunca teve passado é porque nunca sonhou...
Eu sonhei,
Eu chorei,
Mas acima de tudo recordei,
Memórias branco e preto,
Memórias que tem memórias,
Que carregam histórias...
Tudo isso por um divino sopro de recordação,
Quando poisei junto á janela,
E o vento noturno bateu em mim,
Senti ser alado e voar meu coração,
Sim!
Senti o passado voltar em mim,
Senti a alegria e a tristeza,
Vi toda a sua feiúra e beleza...
Senti doirada fada,
Conduzir-me até o país do ''ontem'',
E lá vivi e sorri...
Mo senti bem como nunca me senti...
Mas o relógio me atraiu para o hoje,
Para o presente,
E fiquei consciente mas contente,
De ver que nada foi em vão,
Que alegrei meu coração...
Mas que a vida sendo um trem,
E o passado sendo um vagão,
Este já passou,
Mas o que importa é o que ele deixou...
Um simples sopro de brisa,
Alegrou meu coração...
Libertou do grilhão..
Um simples sopro de recordação...
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