quarta-feira, 1 de abril de 2009

Entreatos de um filme sem fim...

Hoje observei o mais incerto dos filmes na tela do coração,
Se tratava ali de minha vida uma grande confusão,
Que de paz e guerra é pura fusão,
E de quimeras é castelo,
E de castelo é ilusão...

Entre pequenos intervalos,
Parecia-me correr á cabeça um plantel de cavalos,
Entre atos e entre atos,
Os nós da minha cabeça parece que desato...

De sangue púrpura manchei o chão,
Mas sangue era esse,
Da pura dor do coração,
E esse sangue provinha dos ferimentos em que,
Dilacerado meu coração,
Tinha o pesado grilhão.

Mas voltando ao filme dotado de muita realidade,
Percebi que do trecho anterior senti muita saudade,
Saudade essa sem fim,
Saudade essa habitante antiga dentro de mim,
Faço o que se sou assim?

Entreatos de um filme sem início e nem final,
Estágio completamente terminal,
De uma poesia,
Que vai além do doce e do sal,
Que ama o bem e odeia o mal.

Nenhum comentário: