No fundo do coração,
Como corcel juvenil,
Meu coração bate á mil,
Quando vê o pesado grilhão....
Já recordo-me de meus funestos sonhos,
Em que me aparecia,
Com um olhar quase que vítreo,
Mas com olhar de quem aprecia,
A noite,o luar,
Todo este mar...
Mas admoestria sinto,
Em demasia por ti,
Que pena...
Embora minha visão sobre ti seja pequena,
E sentada n'uma nuvem de nada,
Vejo-te vir á meu encontro,
Nesta apagada estrada,
De sonhos e de ilusão...
Sei que meu temor é um castigo,
Mas por favor,
Deixa-te ir comigo,
Que teus olhos fundos e vazios,
Sejam um poço de esperança,
Ainda que para tenra criança,
Que tua face atemporal seja o consolo dos inertes,
Mas que em meu coração,
A tua imagem sempre despertes...
Que o medo que sinto,
A admoestria,
Não impeça-me de ser,
O que eu gostaria,
Que o vento chicoteie meu rosto,
E que a brisa assobie doce canção,
Mas nunca,nunca,deixe-me cair,
No silêncio e no infinito da tua amarga imensidão.
Que cada dia e cada noite sejam um prêmio,
De vida e de morte,
De azar e de sorte,
De perdas e ganhos,
De ouros e estanhos,
E sejam acolhidos pela tua finitude infinita,
Que em particular acho deveras bonita...
Que tuas mãos gélidas,
Sejam o alento de quem chora e clama,
De quem odeia e ama,
De quem foi e vai,
Mas principalmente,daqueles á quem a vida mente.
Engano?Acaso?
Não sei.
Mas de uma coisa tenho e garanto a mais pura certeza,
De que por ti,com toda firmeza,
Sempre a maior admoestria terei.
terça-feira, 26 de maio de 2009
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