sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Crítica feroz á hipocrisia

Portas,janelas,espelhos e armários,
São todos hipócritas,
Se fazem de mudos e de criados,
Mas na verdade neles todos os nossos segredos estão gravados.
Afinal,quantas vezes já nos viram chorar...
E então toda serena entreaberta a janela,
Nem se deu conta de que alguém queria jogar-se dela...

Quase tudo é hipócrita,
Menos o pensamento,
Este sim,no pensado momento,
Se abstem de conceitos lorpas e imbecis,
E não pinta paredes cinzentas com lindos tons de azuis-anis...

Ah!0 fim da hipocrisia é tudo o que eu sempre quis...
O fim dum demente controlador da mente e juiz,
O início de todos deixarem entrever á sua raiz...

O fim da gentileza forçada,
Do amar obrigada,
Do aturar além do limites...
O início da veracidade da mentira...

Chega,ora pois,
De por o carro na frente dos bois,
E deixar de dizer o que pensa para depois...
Pois o depois é aliado da hipocrisia,
Que para surgir não escolhe hora e nem dia...

Critico e brado,
Com muito e pesaroso enfado,
A burguesa hipocrisia,
A doçura doentia,
A falsidade que envenena,
A vingança da mais plena.

Sentimento que subjuga,
Zomba e á todos enganar julga,
Horror humano,
Que permanece entra ano e sai ano.
Ah,mas que sentimento mais profano...


Não me calo e não me calo,
Não quero que a verdade se escoe pelo ralo...
Que venham cavalos e armaduras,
Pois a verdade aqui é dura,
E não me venham com torrões de açúcar envenenados,
Pois se eu morrer com a hipocrisia vocês serão os culpados.

Se te amo,sempre te amarei,
Mas se te odeio,isso eu sempre lhe falarei,
Pois se isso ocultarei,
Serei desta horda de malfeitores,
Que só nos causam dores...

Bandidagem mascarada,
Que não tem boca para nada,
No altar se põem,
A mesa servem uma verdade crua,
Que até hoje não digeri...
Disto não se ri...

Critico aqui indignada,
Um caminho que não leva á nada,
Pura asneira e galhofada,
E convenhamos todos,
Quem´se vale da hipocrisia,
Está fazendo imensa palhaçada.

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