quarta-feira, 18 de agosto de 2010



Eu sofro.
Sofro sozinha,
Sofro de saudade,
Não tenho identidade,
Quem sabe eu mude de cidade,
De país,
Ou quem sabe,de mundo...

Por um segundo,
Cai a conexão,
Entre mim e meu coração...
As fotografias só vem dizer,
Que do passado eu não posso mais viver...

Entre letras e clipes de músicas antigas,
Eu lembro de pessoas mui queridas,
De minhas várias vidas,
Dos meus vários eus,
Me dê uma luz meu Deus!

E se eu chorasse,
E se eu andasse,
Mas é tudo em vão,
Quem controla este louco coração....

A saudade é pauta,
É todo meu sentimento,
Que nunca cairá,
No podre esquecimento.

No livros em que eu leio,
Nas músicas em que ouço,
As lágrimas lavam meu rosto,
Levam o desgosto,
De ter a distância,
A inconstância,
A dor.

Eu não me lembro direito do que eu gostaria,
Mas eu tento todo o dia,
Dói demais ter saudade,
E nem me recordar,
Do que um dia eu pude muito amar.

A hora no relógio,
Me lembra.
O papel de meus cadernos,
Me lembra.
Tudo me conduz,
Á essa saudade feroz,
Que é pedra e não reluz,
Apaga a minha luz.

A chuva na janela,
As estrelas no céu,
São caminhos,
Curtinhos,
Mas que me ligam de volta ao meu sonho de um dia de perto te ver.

E se demorar?
E se eu chamar?
E ninguém responder?
O que é que eu pobre sonhadora irei fazer?

Escrever já não dá mais,
A dor transborda,
O meu eu não acorda...
Tanta saudade...
O dobro da minha idade,
Meu sonho é realidade?
Não.
É irreal,mentiroso,
Misterioso?
Nem tanto.

E com saudade,
Muita saudade,
Eu canto em um canto,
Na poeira da distância,
Recordando até a infância.

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