sábado, 20 de dezembro de 2008

O desespero esperado

Eu me desespero.
Na rua fria.
Minh'alma sente uma certa agonia.
Não poder ver,
Sentir o que está por vir...

E agora para onde eu poderei ir?
Quem me seguirá,
Quem de minhas piadas rirá,
Eu só quero saber quem me acompanhar irá!

Nessa empreitada,
E nada de coitada?!
Eu sei que a minha luta,
Nem começou,
E que a minha vida de sofrer reluta!

Desespero-me,
Entre rosas e espinhos,
Elogios e escarninhos,
Tristezas e rancores,
Ódios e amores.

O relógio,
Na algibeira soa descompassado,
Leio Machado,
Vejo na rua um homem na escada sentado,
Um dia de enfado.

Desespero espero,
Não te espero,
Dia deserto,
De tempo não bem certo,
Só sei que o desespero é esperado,
E o passado é pensado.

Nenhum comentário: