domingo, 7 de setembro de 2008

Me perco no tempo (soneto)



Me perco no tempo,
Nas infindáveis fontes desse luar,
Que de prata brinda minhas noites,
Que me encoraja pr'um novo amanhecer,
E me esmaece sem querer...


Ah!Como eu amo este tempo,
Em que nada se diz,
Nada se chama,
Mas com muito fervor o amor se clama,
Clama na certeza,de um amor que realmente ama.

Se ninguém der-me ouvidos,
Triste pois,ficarei,
Mas se alguém se pronunciar pois,Escutarei.

Ah!Mas donde se esconde,
Se imerge,se embrenha,
Esses sentimentos que são como que uma senha?


A sofreguidão dos choros esparramados,
Tristes,aparvalhados,
Corações dilacerados...


Caem sorrateiros na noite vazia,

Alguém relembra,um cadenciado caminhar,

Que assim seu amor o fazia,

O fazendo chorar...


Me perco,na imensidão da solidão,
Como uma estátua ao portão,
Um riacho de águas gorgolejantes,
Chorando pois,por antes.













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