
Me perco no tempo,
Nas infindáveis fontes desse luar,
Que de prata brinda minhas noites,
Que me encoraja pr'um novo amanhecer,
E me esmaece sem querer...
Ah!Como eu amo este tempo,
Em que nada se diz,
Nada se chama,
Mas com muito fervor o amor se clama,
Clama na certeza,de um amor que realmente ama.
Se ninguém der-me ouvidos,
Triste pois,ficarei,
Mas se alguém se pronunciar pois,Escutarei.
Ah!Mas donde se esconde,
Se imerge,se embrenha,
Esses sentimentos que são como que uma senha?
A sofreguidão dos choros esparramados,
Tristes,aparvalhados,
Corações dilacerados...
Caem sorrateiros na noite vazia,
Alguém relembra,um cadenciado caminhar,
Que assim seu amor o fazia,
O fazendo chorar...
Me perco,na imensidão da solidão,
Como uma estátua ao portão,
Um riacho de águas gorgolejantes,
Chorando pois,por antes.
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