sábado, 21 de fevereiro de 2009

Amanhã

Amanhã tenho fé,
Que a suprema luz guie os meus pés,
Que a genialidade de tudo permaneça,
Que o amor floresça,
Dos mais nobres corações,
Que amanhã,
Sejam quebrados os pesados grilhões,
Que tudo que se ame,
Continue,
E tudo que se desgosta se atenue,
Que possa eu ter a quimera,
Do bem viver na nova era,
Pois o tempo não me espera,
Para a extenuante caminhada involuntária,
Conduzindo-me assim,
Para desconhecida área...

Que amanhã eu tenha a graça,
De alimentar os pombos arrulhantes na praça,
Que eu tenha o dom de saborear uma rósea maçã,
Que eu tenha o dom de ver a mais das fadas louçã,
Perante todas as conjunções futuras,
Representantes do amanhã no alfarrábio,
P'ra mim já estão mais que maduras,
Na hora de cair,
E se esquecer da queimadura do amanhã,
Sobre o vasto arquivo de nossas mentes,
Nos fazendo assim doentes,
Sedentos por um novo amanhecer,
Para assim o futuro incerto conhecer...

Insuflando em meus pulmões um novo ar,uma nova vida,
Recuperando as forças do ontem perdidas,
Amanhã,amanhã,
Chegas logo para desanuviar,
Uma dor que acabo de comprar,
E chegas também,
Para dizer á mim,
Que uma vida não vale mais que ningúem,
E que vens á todos,
Não olhando á quem...

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