quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Inebria-me

Inebria-me a sombra dos fatos,
A lua redonda,
Ilumina os gatos,
Na solidez de tudo,
Afirmo que é de se ficar mudo,
Toda tontura,
Do mundo são nossas razões,
De todos corações,
De sentimento é tortura.

Inebria-me a sinceridade da lua,
Em decretar seu amor ás montanhas,
Beijando-as,para dar lugar ao sol,
De tamanha beleza arrebol...

Inebria-me a razão da terra,
Em deixar crescer,
O que terá motivo certo p'ra morrer,
E que é tão bondosa de deixar em sua superfície meu ser e tantos outros viver..

Inebria-me o perfume suave das flores,
Tantas enfeitam o fim como o início de belos amores,
Outras enfeitam a morte,
Dando-lhe um ar mais sereno,
Morte essa que a gente tem de se acostumar desde pequeno.

Oh!Mas se pudesse eu agradecer ao mundo suas belezas,
Deus,nem seria cabível á minha natureza,
Natureza de desfalecimento perante,
Tanto esplendor,
Que até trás-me dor,
Em pensar que um dia fecharei os olhos para toda essa graça,
E então irei ver os pombos da praça,
No alto...
Bem no alto...

Inebria-me tudo,
Inebria-me o nada,
Inebria me o pouco,
E inebria-me o cada,
Inebria-me o caminho,
Que sigo por esta estrada...

Nenhum comentário: