
Ah!Doce ar de montanha,
Que entorpece até mesmo a mais venenosa das aranhas,
E nestas circunstâncias,
Ponho-me á pensar,
Que ás minhas ânsias,
Á quase todas tive que recusar,
Aos medos recuar,
Mas não por força de vontade,
Mas sim por que vem chegando-me a idade,
E tem de se aprender,
Que a vida não é somente debuxar,
Mas em sua essência escrever,
Se se quiser viver...
Então as paisagens de outrora,
Inundam minha mente demasiadamente saudosa,
Pintando em minha cabeça,
Uma linda e aquarelada aurora,
Que nessa festa de cores,
Vem fazer esquecer das inúteis dores,
E assim me faz viajar,
Por detrás das colinas,
Antes de inventarem as bonecas com que brincam ás meninas...
Assim caminho desviando dos ponteiros do relógio,
E se tenho saudades?
Ora,é lógico,
Mas mais que saudades de pessoas,de fatos,de cidades,
Tenho saudades de feitos bravios,
De emoções em rios,
Do mundo em flor,
De toda a andança,
Que fiz desde criança,
E principalmente da dança,
Dança essa do viver,
Que até hoje sua coreografia,
Não consegui entender...
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