quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Relicário

Hoje eu acordei com vontade de lembrar-me,
Dos dias infindáveis de outrora,
Em que na hora,
Os olhos tem de enxugar-me...

Pois é tamanha emoção,
Que não me cabe ao coração,
De entrar nesse relicário,
Nas linhas da minha mão,
Vive esse passado,
Passado em demasia por mim lembrado...

Brado então,
Cantigas e fados,
Para relembrar esses áureos passados,
Que são como pássaros,
Donos de seus destinos,
É como ver a felicidade nos olhos de um menino...

Minh'alma clama,
E á todas as memórias,
Praticamente que ama,
E faz peso,
Desse tempos modernos,
Em que se escondem pútridas mentes,
Com e por de trás de lindos ternos.

Que venha então,
Os tempos de poltrão,
Em que nada do outro quer se saber,
E até de si próprio,
Corre o risco de se esquecer...

Por isso guardo minhas memórias,
Num relicário imenso,
Que não tem fim nem começo,
Mas que trago comigo a certeza,
De que guarda lindas histórias...

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