
Hoje mesmo estava perdida,
Aturdida,
Pelos amargores do viver,
E pensei que se relembrasse de bons momentos,
O tempo parado podia ser...
Mas qual nada,
A realidade jogou-me suas tranças,
E que realidade mais pesada,
E assim as lembranças faziam na minha cabeça incontáveis danças...
E assim iludida,
Confiante e bem vivida,
No quesito,
De o tempo passar,
Dei-me á cara amarrotar.
Assobiei uma velha canção,
Aquela que tinha em meu velho coração,
Mas derrepente,
Me vi presa á aquele tomado de estupor grilhão.
Então adormeci na cauda de um cometa,
E pude assim evitar que no perigo do esquecimento eu me meta,
Vi,revi,
E por fim outra vez vivi,
Assim como a garça e o flamingo,
Esvoaçantes nos céus,
Num gracioso e estupendo domingo.
Senti-me possuidora de toda a leveza,
Da graça de rever,
A natureza de meu viver,
Que beleza lembrar,
Que triteza esquecer,
Queria poder para eternidade saltar,
E para o esquecimento morrer.
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